terça-feira, 21 de outubro de 2014

Chavismo! Qualquer semelhança não é mera coincidência!!

Atividade política

Golpe de Estado contra Carlos Andrés Pérez

No dia 4 de fevereiro de 1992, o então tenente-coronel Hugo Chávez, comandando cerca de 300 efetivos, protagonizou um golpe de Estado contra o presidente Carlos Andrés Pérez, da Acción Democrática (1974-1979 e 1989-1993).

Os partidários de Chávez justificaram essa ruptura constitucional como uma reação à crise econômica venezuelana, marcada por inflação e desemprego decorrentes de medidas econômicas neoliberais adotadas por Pérez, logo após a sua posse, em face da grave situação econômica por que passava o país. Violentas manifestações populares contra o governo vinham ocorrendo ao longo dos anos anteriores. A maior delas, foi o chamado "Caracazo", que ocorreu no dia 27 de fevereirode 1989, em Caracas e que se constituiu de uma reação militar repressiva dirigida ao protesto Nesse acontecimento morreram aproximadamente trezentas pessoas, de acordo com dados oficiais, e mais de mil segundo fontes extra-oficiais.

Foi uma grande insurreição popular - basicamente dos setores mais pobres da população, vindos dos cerros e dos ranchos de Caracas, como são conhecidas as favelas na Venezuela  - contra as medidas neoliberais de Pérez. A revolta foi motivada principalmente pelo aumento do preço das passagens de ônibus. Durante a revolta, ônibus eram apedrejados e queimados em todo o país, e lojas, supermercados, shopping centers, pequenos comércios, nada escaparia aos saques de uma turbulência em que já não se podia discernir o que eram trabalhadores em protesto ou simples miseráveis famintos. Gangues urbanas se juntaram à confusão para promover vandalismo, roubos e invasões de estabelecimentos". O exército foi chamado a intervir, seguindo-se uma violenta repressão que resultou na morte de centenas de pessoas.

Embora fracassada, a tentativa de golpe em 1992 acabou por projetar Hugo Chávez no cenário nacional. Em 1993, o presidente Carlos Andrés Pérez foi afastado do governo, sob a acusação de corrupção. Chávez, depois de cumprir dois anos de prisão, foi anistiado pelo novo presidente, Rafael Caldera Rodríguez, e abandonou a vida militar, passando a se dedicar à política. O agravamento da crise social e o crescente descrédito nas instituições políticas tradicionais o favoreceram.


Presidente da Venezuela

Primeiro mandato presidencial (1999-2001)

Em 1997, Chávez fundou o Movimiento V República (MVR) e, nas eleições presidenciais de 6 de dezembro de 1998, apoiado por uma coligação de esquerda e centro-esquerda - o Polo Patriótico - organizada em torno do MVR, Chávez elegeu-se com 56% dos votos. Assumiu a presidência da Venezuela em 1999, para um mandato inicialmente fixado em cinco anos, pondo fim a quatro décadas de domínio dos chamados partidos tradicionais - a Acción Democrática (AD) e o Comité de Organización Política Electoral Independiente (COPEI).  Ao tomar posse, em 2 de fevereiro de 1999, decretou a realização de um referendo sobre a convocação de uma nova Assembleia Constituinte. Em 25 de abril do mesmo ano, atendendo ao plebiscito, 70% dos venezuelanos manifestam-se favoráveis à instalação da Constituinte.
Nas eleições para a Constituinte, realizadas em julho de 1999, os apoiadores de Chávez - a coligação Pólo Patriótico - conquistam 120 dos 131 lugares. Do ponto de vista da estrutura de poder político, a Constituição da Quinta República da Venezuela (mais tarde denominada República Bolivariana de Venezuela) outorgou maiores poderes ao presidente, ampliando as prerrogativas do executivo, em detrimento dos demais poderes. 


O parlamento tornou-se unicameral, com a extinção do Senado. Houve também aumento do espaço de intervenção do Estado na economia e avanços no tocante ao reconhecimento de direitos culturais e linguísticos das comunidades indígenas.


Reeleição em 2000


Em razão da nova ordem constitucional, foram realizadas novas eleições presidenciais e legislativas em 30 de julho de 2000, nas quais Chávez reelegeu-se presidente da República e o Polo Patriótico conquistou a maioria dos assentos na Assembleia Nacional.
Novembro de 2000, o parlamento da Venezuela aprovara a chamada lei habilitante, que concedia poderes extraordinários ao presidente, permitindo que o Executivo legislasse acerca de determinadas matérias, através de decretos com força de lei, submetendo-os posteriormente à aprovação do Legislativo. Dentre esses, incluíam-se os decretos-leis de Terras, acerca da reforma agrária; a nova Lei de Hidrocarbonetos, sobre o controle público do setor petrolífero e a Lei de Pesca.  A lei habilitante foi muito criticada pela oposição, alegando-se que concedia poderes ditatoriais ao presidente da república.

Segundo mandato presidencial (2001-2007)

Nos doze meses de vigência da lei habilitante, Chávez promulgou um total de 49 decretos-leis, mas a oposição - representada principalmente pela entidade patronal mais importante do país, a Federación de Cámaras y Asociaciones de Comercio y Producción de Venezuela (Fedecámaras) e pela Confederación de Trabajadores de Venezuela (CTV) - combateu principalmente os três já citados e, em protesto, foi feita uma primeira greve geral, de 12 horas, convocada justamente pela Fedecámaras e pela CTV, em 10 de dezembrode 2001  Todavia os decretos com força de lei foram mantidos e acabaram sendo o estopim da contestação que mobilizou também a ala conservadora da Igreja Católica  e as empresas privadas de rádio e televisão, que, inconformadas com o cancelamento de algumas concessões de funcionamento, acusaram o presidente de querer tornar a Venezuela um país comunista. 

No final de fevereiro de 2002, Chávez decidiu demitir os gestores da companhia estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA) e substituí-los por pessoas da sua confiança. Em protesto, e para tentar forçar a saída do presidente, seus opositores se apoderaram do controle dos poços de petróleo. A PDVSA controla 95% da produção venezuelana, operando 14.800 poços de petróleo. Metade deles foi paralisada devido à greve dos trabalhadores da empresa. O descontentamento com a liderança de Chávez começa a atingir alguns sectores do exército e antigos apoiantes o abandonam, como Luis Miquilena um dos fundadores do partido. A CTV decide convocar uma nova greve, em solidariedade com os gestores demitidos da PDVSA. A greve foi convocada para o dia 9 de abril de 2002 e deveria ter a duração de dois dias, mas acabou por se prolongar.


O Golpe de 2002


No dia 11 de abril, manifestantes em passeata pedem a demissão de Chávez, . Durante o curso do evento, a marcha teve seu trajeto alterado por seus organizadores, dirigindo-se para o Palácio de Miraflores, onde se encontrava uma contra-manifestação de apoio ao presidente. Ali, houve o disparo de tiros, dezesseis pessoas foram mortas e cem outras foram feridas, como resultado do tumulto que se seguiu. A princípio não ficou clara responsabilidade pelos disparos feitos contra a multidão, e circularam falsas versões sobre os fatos, visando responsabilizar os manifestantes pró-Chavez pelos disparos. Posteriormente comprovou-se que franco-atiradores do governo que estavam no alto dos edifícios foram os responsáveis pelos disparos, com intenção de dispersar a manifestação.O governo, entretanto, negou participação no massacre. As transmissões das televisões privadas foram interrompidas. Ainda em 11 de abril, o canal estatal Venezolana de Televisión (VTV), é obrigado a parar de transmitir, Militares de altas patentes pedem a demissão de Chávez.

No dia 12 de abril o general Lucas Rincón, chefe das Forças Armadas, anuncia que Chávez havia renunciado, tendo o presidente da Fedecámaras, Pedro Carmona, assumido a presidência da República. Na meia noite de sábado para domingo Hugo Chávez conseguiu enviar uma mensagem dizendo: "No he renunciado al poder legítimo que el pueblo me dio. Por siempre Hugo Chávez".

Carmona dissolveu a Assembleia e os poderes judiciais, atribuindo a si próprio poderes extraordinários e declarando publicamente que no prazo de um ano se celebrariam novas eleições presidenciais e legislativas. Os eventos geraram um grande levante popular nas ruas de Caracas protagonizados por apoiantes do presidente deposto.Soldados leais a Chávez organizaram um contra golpe de Estado e retomaram o Palácio de Miraflores. Diosdado Cabello, vice-presidente de Chávez - que tinha permanecido fiel ao regime - assumiu a liderança temporária do país e declarou que: "a ordem Constitucional estava plenamente restabelecida e que as autoridades legítimas exerciam suas funções".Nas horas seguintes Chávez foi libertado da prisão na ilha de La Orchila e regressa a Caracas para retomar a chefia do estado

Logo após a neutralização do golpe de estado contra Chávez, a imprensa venezuelana mostrou-se dividida quanto à sua interpretação e às suas consequências.Segundo membros do governo de Chávez, os Estados Unidos apoiaram o golpe de estado e, nos dias do golpe, os radares do país detectaram a presença de navios e aviões militares americanos em território venezuelano. Nos meses e principalmente nas semanas anteriores ao golpe, membros do governo Bush haviam mantido frequentes contatos com líderes golpistas, Todavia o governo americano negou, por diversas vezes, que estivesse patrocinando, ou sequer apoiando, qualquer solução não-democrática para a Venezuela: Os Estados Unidos não sabiam que haveria essa tentativa de derrubar ou de tirar de Hugo Chávez do poder, declarou um alto oficial do governo americano (Newsday, 11/24/2004) Em 4 de junho de 2002 a Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos aprovou uma Declaração Sobre a Democracia Na Venezuela, condenando o golpe de 11 de abril.

Greve de 2002 e referendos


Em outubro de 2002 uma nova greve paralisou o país durante 9 semanas.A Coordinadora Democrática (uma coligação de partidos de direita e de esquerda, liderados pela Súmate, ONG contra o governo chavista), organizou no final de novembro de 2003 uma recolha de assinaturas cujo propósito era convocar uma consulta popular na qual os venezuelanos se pronunciariam sobre a permanência ou não de Hugo Chávez no poderO referendo teve lugar no dia 15 de Agosto de 2004; 58,25% dos votantes apoiaram a permanência de Chávez na presidência até ao fim do mandato, que ocorreria nos próximos dois anos e meioA oposição alegou que tinha sido cometida fraude, mas os observadores internacionais presentes durante o processo (entre os quais se encontravam o antigo primeiro-ministro português António Guterres e Jimmy Carter) consideraram que o referendo ocorreu dentro da normalidade e legalidade. A vitória de Chávez foi reconhecida como legítima, com algum atraso, pelos Estados Unidos.O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos aprovou, em 16 de dezembro de 2002, a Resolução CP/RES. 833 (1349/02), na qual demonstrou preocupação com certas ações da Coordinadora Democrática - inconformada com sua derrota no plebiscito - e a exortou a encontrar uma solução democrática para suas pretensões.

Terceiro mandato presidencial (2007-2013)

Nas eleições presidenciais da Venezuela de 2006, que contaram com a participação de 74% dos eleitores, Hugo Chávez foi reeleito com 62.9% dos votos, ficando bem à frente do segundo colocado, Manuel Rosales, que obteve 36.9% e admitiu a derrota.A eleição foi considerada livre e legítima pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e pelo Carter Center.  Depois dessa vitória, Chávez prometeu expandir a revolução. Pouco depois, anunciou que iria unir os 23 integrantes de sua coalizão em um único partido, o"Partido Socialista Unido da Venezuela", sob seu controle direto, para acelerar a revolução socialista.Em 2 de dezembro de 2007 a reforma da constituição da Venezuela, proposta por Chávez, foi submetida ao veredicto popular, num plebiscito, que foi acompanhado por observadores de 39 países. O povo teve a opção de aprová-la, votando "Sí", ou de rejeitá-la, votando "No". Após uma agitada campanha, em que cada lado defendeu seus pontos de vista, o povo venezuelano rejeitou as propostas de emendas à constituição da Venezuela, por pouco mais de 50% dos votos, o que confirmou as previsões das últimas pesquisas de opinião feitas por órgãos independentes. O comparecimento às urnas foi de 55,1% (abstenção de 44,9%). O presidente Hugo Chávez reconheceu a vitória de seus opositores e os parabenizou publicamente:"Parabenizo os meus adversários por esta vitória. Com o coração digo a vocês que por horas estive em um dilema. Saí do dilema e já estou tranquilo, espero que o venezuelanos também"."Deste momento em diante, vamos manter a calma" (…) "Não há ditadura aqui (…)"A Fedecámaras condenou aqueles que estavam propalando boatos de que Hugo Chávez tentaria impor ao país as reformas, derrotadas no plebiscito: "Si alguien dijo que hay que oír al pueblo fue el presidente y sabemos que el honrará sus palabras" A Assembleia Nacional venezuelana propôs, formalmente, em 9 de dezembro de 2008 a realização de uma emenda à Constituição Nacional para permitir a reeleição presidencial sem limitação do número de períodos, tal como Chávez tinha pedido. A formalização da proposta foi transmitida em simultâneo e obrigatoriamente pelas rádios e televisões do país.


Economia da Venezuela no governo Chávez


Em 2007, a Venezuela teve a maior inflação da América.

Tradicionalmente - desde 1930, quando a Venezuela, ao invés de desvalorizar a moeda para proteger sua agricultura, optou por importar tudo o que consome, usando para isso suas receitas do petróleo - o país produz muito poucos alimentos.

Em 2009, o país entrou numa profunda crise. O presidente chegou a propor que os venezuelanos tomassem menos banho para economizar água e energia. Não obstante, procedeu à nacionalização de todos os bancos que se recusassem a oferecer mais créditos aos correntistas.

O petróleo é a maior riqueza da Venezuela, e responde por 90% de suas exportações, 50% de sua arrecadação federal em impostos, e 30% do seu PIB. Os maiores importadores de petróleo venezuelano foram, em 2006,Bermuda 49.5% (paraíso fiscal, presumíveis re-exportações.), Estados Unidos 23.6%, e Antilhas Holandesas 6,9% (paraíso fiscal, presumíveis re-exportações.).

Apesar das riquezas geradas pelo petróleo, 37,9% da população venezuelana viviam abaixo da linha de pobreza no final de 2005, enquanto que a concentração de renda (medida pelo coeficiente de Gini) era muito alta: em 2003, o índice de Gini da Venezuela foi estimado pela ONU em 48,2, um dos trinta piores resultados no planeta. Países que possuem produção petrolífera muito acima de seu consumo e baseiam sua economia nisso, costumam experimentar a doença holandesa — têm sua riqueza extremamente mal distribuída, geralmente concentrada nas mãos de uma pequena elite, e tendem a não desenvolver outros potenciais econômicos.

Análise da distribuição de renda 2003 — 2005

De acordo com o estudo Perfil sócio-demográfico apresentado pelo Instituto Datos, numa conferência realizada na Câmara de Comércio Venezuela-Estados Unidos, o grupo "E", que corresponde a 15,1 milhões de venezuelanos da população mais pobre, com renda de até US$ 200 por domicílio, teve sua renda aumentada em 53% entre 2003 e 2004 (33% descontada a inflação).Segundo o mesmo instituto, em 2005 a renda do estrato "E" da população venezuelana (58% da população da Venezuela) continuou aumentando mais rapidamente que a dos estratos de renda mais alta. A renda da classe "E cresceu mais 32% em termos nominais (cerca de 16% em termos reais) de 2004 para 2005, enquanto que a da classe "D" cresceu 8%, e a da classe "C" cresceu 15% (valores nominais)

Entretanto, o segmento "D" (23% da população venezuelana) viu seu padrão de vida declinar entre 2003 e 2005, não tendo sua renda conseguido sequer acompanhar a inflação. O grupo "D" é composto pelos assalariados dos menores salários, um grupo que, por um lado, não é pobre o bastante para ser incluído nos programas sociais do governo e, por outro lado, não teve força suficiente para reivindicar melhores salários de seus empregadores. 
O segmento "C" (15% da população), que representa a classe média baixa, mal conseguiu manter seu poder aquisitivo no período.

Redução da pobreza

Os resultados obtidos na redução da pobreza foram um dos principais fatores de popularidade do governo Chávez. Segundo a CEPAL, por volta de 2002, 48,6% da população venezuelana encontrava-se em situação de pobreza, e 22,2% em condições de indigência. Em 2011, os pobres representavam 29,5% da população, e os indigentes, 11,7%. 7 Entre os anos 2000 e 2011, o Índice de Desenvolvimento Humano, que contempla expectativa de vida ao nascer, educação e PIB per capita ) do país passou de 0,656 para 0,735.Apesar da redução da pobreza, os índices de violência são elevados na Venezuela. No final de 2012, o Observatorio Venezolano de Violencia informou que 21.692 pessoas tiveram morte violenta (73 mortes para cada 100.000 habitantes). 


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Trote Universitário

Entender o que se passa na cabeça de uma pessoa que submete alguém ou é submetido a um trote universitário é uma das questões mais curiosas entre as que circulam em minha mente.
Qual o verdadeiro sentido de atos bárbaros como a humilhação pública ou o flagelo de alguem justificado pela alegria de uma conquista??
Durante toda a minha vida vi muitos jovens dividirem com as familias a felicidade de ingressar em uma universidade, vendo ali o inicio de sua vida profissional. No entanto, nas últimas décadas parece que o valor e a importância desse momento tem sido transformado em angustia e medo, todos temem os "trotes" para os calouros.
O cenário do que deveria ser uma brincadeira, uma recepção aos novatos nos remonta aos seculos longinquos onde homens se divertiam ao jogar outros homens para serem devorados pelas feras. A diferença é que os leões hoje sao os proprios homens, que batem, ferem, obrigam a ingestão de bebidas, expõe os "novatos" á situações vexatórias como se isso fosse realmente divertido.
Aqueles que promovem e se divertem com os episódios são pessoas vazias de sentimentos e inteligencia. Ingressaram na faculdade não por mérito mas com certeza pela porta estreita da ganancia politica que transformou em lixo a educação no Brasil.



segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A CULTURA DOS MAUS EXEMPLOS

Por: Francisco Ribeiro Mendes - Brasilia - DF

Carta publicada no Jornal do Brasil, no

caderno de Brasília, em 14 de Setembro de 2008,


Desde o começo da nossa civilização, o homem tende a copiar exemplos. O exemplo de solidariedade, que formou a sociedade; o exemplo de amor, que originou a família; o exemplo de trabalho, que criou as profissões; o exemplo de justiça, que aperfeiçoou a conduta e a moral, e o exemplo de direito, que ensinou o homem a respeitar. Mas, por outro lado, os maus exemplos também foram copiados. O exemplo da falta de ética, que criou a política; o da ganância, que gerou a corrupção; o da fraqueza, que cedeu à ignorância, e o exemplo da desordem, que implantou o terror.

O mundo está se desenvolvendo de maneira acelerada e os exemplos, em suas formas antagônicas, se modernizam e se ampliam na mesma proporção. Costumamos dizer que os exemplos mais copiados são aqueles que vêm de cima. Ou seja, aqueles que são deixados pelos nossos pais, nossos professores, pelos nossos patrões ou nossos soberanos. Os exemplos que mais têm prosperado em nosso país, nos nossos dias, são aqueles dados pelos políticos e governantes. Exemplos de falta de segurança, de como livrar parceiros da prisão, de gestos obscenos, de corrupção, com mensalão, caixa 2, compra de votos e dólares na cueca, além do exemplo da omissão. Há exemplos também de atos terroristas, como os dossiês e as escutas telefônicas, exemplos de impunidade e de abuso de poder.

Quando aquele que exerce o poder numa nação declara que defende a prática de um vício, seja lá em qual lugar for, isto é um exemplo de desordem, que alguém pode copiar. Quando uma autoridade manda o povo "relaxar e gozar" em meio a uma crise, isto é um exemplo de desrespeito, que alguém pode imitar. E, assim, inspirados nesses exemplos de desordem e de desrespeito (que vêm de cima), os criminosos assaltam os cidadãos, os traficantes controlam o comércio e as escolas nos grandes centros, os sem-terras invadem propriedades no campo, os sem-teto tomam casas na cidade e até os sem-cova invadem cemitérios e colocam seus mortos nas sepulturas alheias, como acontece em Brasília.

Vivemos um momento onde os poderes estão perdendo a credibilidade pelos maus exemplos que dão e o povo está perdendo o respeito pelo descaramento de seguir esses maus exemplos. E nem é preciso ir muito longe para compreender o que está acontecendo. É só atentar para os pequenos detalhes. Pequenos porque estão em segundo plano na visão crítica do cidadão e no seu direito de se opor, mas de uma importância enorme para se compreender as causas desse descuido social que está lesando os valores e os princípios morais dos cidadãos. Detalhes que mostram a molecagem de pessoas, poderes, mandatários e de governos virarem exemplos. No último final de semana, me pus a pensar em um desses pequenos detalhes. Um detalhe que a maioria das pessoas deste país, condicionada e regulada, não é capaz de notar, mas que, há cinco anos, eu observo. E, bem ali, na Praça dos Três Poderes, enquanto assistia ao desfile do Sete de Setembro, eu me perguntava: Quem poderia imaginar que, um dia, este palanque armado para receber autoridades e pessoas ilustres do meu país seria ocupado por subversivos, ex-presidiários, guerrilheiros, comunistas e até terroristas, todos representando a nossa festa cívica?

Dali, eu via o modelo da cultura dos maus exemplos.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Bezerra de Menezes - O Filme

Hoje, 29/08/08 fazem 177 anos que encarnou no Brasil, em Riacho do sangue - CE,
um dos espiritos mais consciente de sua missao terrena: Adolfo Bezerra de Menezes!
Já esta em cartaz o filme que conta a sua trajetoria, com a interpretaçao belissima de Carlos Vereza no papel principal. Vale a pena conferir.

"O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto; O que não atende por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou tempo, ficar longe, ou no morro; o que sobretudo pede um carro a quem não tem como pagar a receita, ou diz a quem chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante de medicina , que trabalha para recolher capital e juros os gastos da formatura. Esse é um desgraçado, que manda, para outro, o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da vida". Bezerra de Menezes



Hino a Bezerra de Menezes

Oh vinde bom amigo amado e benfeitor
Das luzes do infinito de cintilações
Oh! vinde amenizar a nossa grande dor
Espargindo em mão cheias as consolações

Bezerra de Menezes servo do Senhor
Apóstolo do bem a nos iluminar
Celeste mentor, em passes de amor
Águas fluidificai

Movimentai vossas falanges protetoras
Dai-nos as bênçãos redentoras
Balsamizando os corações
O sofrer é um bem divinal
Que o Senhor nos envia do astral
É o cadinho imortal da perfeição
A nos redimir das nossas vidas mal vividas
Ante o Evangelho todo luz
És apoteose do amor
Redime a nossa dorcom Jesus

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Freud Flinstone

Freud Flinstone

Composição: Humberto Gessinger

querem sangue...querem lama

querem à força o beijo na lona (e querem ao vivo)
querem a lágrima doída do ídolo
caindo em câmera lenta
querem lutar pelo que amam
conquistar e destruir o que amavam tanto
faça um prece pra Freud Flintstone
acenda uma vela pra Freud Flintstone
sacrifique o bom-senso no seu altar
(na areia da arena
sai de cena por decreto a flor do deserto
gran finale: última cena:
no ar pelas antenas a morte do toureiro
faça uma prece pra Freud Flintstone
acenda uma vela pra Freud Flintstone
que o satélite lhe seja leve
esqueça a prece pra Freud Flintstone
acenda a vela pra Freud Flintstone
vamos queimá-lo vivo, enterrá-lo vivo
o preço é uma prece...pague pra ver
compre o ingresso...adeus pink Freud Flintstone
fama fogo fúria fé fã-clube Freud Flintstone
que o satélite lhe seja leve




Vovó Ding!


Vovó chinesa protege cães e gatos da 'limpeza' causada pelas Olimpíadas
'vovó Ding' recolheu 250 cães e gatos em sua pequena casa em Pequim.
Eles foram levados a ela quando as autoridades 'limparam' a cidade dos animais de rua.

Deus a abençoe!

Olimpíadas de Pequim – Vergonha chinesa

No dia 26 de fevereiro li uma nota do jornal ZERO HORA que me deixou revoltada e ao mesmo tempo com muito medo.
Medo do que o homem é capaz de fazer em nome do dinheiro, medo de constatar que para milhões de pessoas só elas teêm direito à vida.

"Os cães e gatos de rua de Pequim correm o risco de serem extintos pelo governo municipal em vista dos Jogos Olímpicos deste ano. Em declarações divulgadas ontem pelo jornal Times, Qin Xiaona - chefe de uma associação chinesa de proteção dos animais - denunciou o modo freqüentemente brutal com que tem sido realizada a eliminação de cães e gatos "sem teto".

- Nós habitantes de Pequim estamos prontos para viver sem eletricidade, sem água, sem automóveis para assegurar o sucesso da Olimpíada, mas somos contrários a uma Olimpíada que custe a vida de animais. Seria uma tragédia - afirma a senhora Qin.

O Times escreveu que, de acordo com os protetores dos animais, os gatos de rua (que seriam quase 200 mil) são capturados e presos em "gaiolas do tamanho de um forno microondas". Em teoria deveriam ser transportados para um centro zoológico na província de Changping. Noventa por cento são animais doentes, em particular machos que freqüentemente sofrem de infecção por efeito da rudimentar castração à qual são submetidos.

- São condições de tortura. E a situação é muito pior para os cães - lamenta Qin Xiaona. A sua "associação pelo bem-estar dos animais da capital" se ofereceu para colaborar com as autoridades municipais para remover os animais de rua "de modo humano", mas "foi ignorada". As autoridades chinesas ordenaram a total "remoção" dos animais de rua de Pequim até o final de junho. Eles "querem que os atletas olímpicos não vejam nem mesmo um. E isso por que os chineses desejam muito passar uma boa imagem", explicou Qin. "

Foi naquele momento que decidi fazer o meu boicote pessoal aos jogos olímpicos deste ano.
Infelizmente não dá pra fugir de todo o destaque que a mídia dispensa ao assunto, mas os métodos usados pelo povo chinês para “passar uma boa imagem” tiveram um efeito contrário em mim, alem dos maus-tratos aos animais, o desrespeito com que trataram os chineses pobres expulsando-os de suas casas para construções e ornamentações olímpicas, as inúmeras mentiras e armações utilizadas na abertura luxuosa, são sinais evidentes de que a China JAMAIS deveria sediar um evento de união e beleza como os jogos olímpicos.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Dona Ruth Cardoso



Parte uma grande mulher.

Ruth Correia Leite Cardoso, nascida Ruth Vilaça Correia Leite, antropologa, brasileira e professora da Universidade de São Paulo.

Desde 1953, Ruth era casada com Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil, com quem teve três filhos. Sempre rechaçou o título de primeira-dama.

Criou e presidiu, durante o mandato de seu marido, o programa Comunidade Solidária, de combate à exclusão social e à pobreza, dentro de uma perspectiva emancipatória. Em 2000 criou a Comunitas, organização não governamental, visando dar continuidade às atividades do Comunidade Solidária.





quinta-feira, 19 de junho de 2008

O médico dos pobres



Aguardo ansiosa por essa estréia.

Vi o trailler do filme e esta simplesmente lindo.